quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Direito à privacidade


Quando uma pessoa (seja chefe, marido ou pai) viola correspondência, revira gavetas ou fuça nas ligações de outra pessoa está violando sua privacidade. Isso é entendido quando se trata de um homem mas é desrespeitado quando se trata de mulheres.

Já vi garotas cujas mães fiscalizavam o lixinho do banheiro e que eram submetidas a rigorosos interrogatórios se por acaso não fossem encontrados absorventes em certos dias do mês. Ora bolas, será que isso é respeitar a privacidade da pessoa?

Quando eu estudava em colégio de freiras era comum os pais levarem as filhas ao médico para um vexatório 'teste de virgindade', claro que contra a vontade delas. E isso não é quase um 'estupro'? Em algumas regiões isso não chega a tanto, mas as filhas são mantidas sob rigorosa vigilância, os filhos façam o que quiserem com as filhas dos outros.

Será que não há aí uma certa dose de hipocrisia? Será que esse tratamento não está um pouco distante da realidade que vivemos? Será que o marido que vigia a esposa não é pouco confiável? Porque pra mim das duas uma: ou ele não confia na mulher (então o melhor é separar-se, já que um relacionamento baseia-se em confiança mútua) ou ele é indigno de confiança e julga os outros por si.

Seja lá o que for, nada justifica que a mulher seja tratada como um prisioneiro, que perde não só a liberdade como a privacidade quando entra na prisão. Não temos que passar por revistas; não temos que ser vigiadas; não temos que ser seguidas ou ter nossas ligações telefônicas ouvidas ou questionadas. Somos seres humanos e temos direito à privacidade.

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