sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Você sofre da "Síndrome de Cinderela"?

Há um tipo de comportamento comum entre mulheres que pode ser classificado como Síndrome de Cinderela. Muitas trabalham, estudam, levam uma vida aparentemente normal, mas lá dentro, no âmago de suas almas, ainda esperam pela chegada do Príncipe Encantado, que as livrará dessa vidinha chata e rotineira que vivem.

Bobagem? Pode ser, mas desde a infância fomos condicionadas pelas historinhas que contavam para nós, a pensar que um dia ele apareceria montado em seu cavalo branco e então não haveria mais tristezas nem problemas. Viveríamos felizes para sempre - e a história acaba aí.

Não se explica que após casar-se com o Príncipe a Cinderela tinha que dar um duro danado para manter o castelo limpo e arrumado e ainda por cima fazer um banquete especial para suas centenas de convivas.

De qualquer forma, é um modo simplista e infantil de encarar a vida, achando que uma pessoa mágica virá e então arrancará de nossa existência sem-graça toda a tristeza e preocupação. Como a chegada desse Príncipe é pouco provável, convém que cresçamos e encaremos os problemas de frente. Na falta de um Príncipe, temos que aprender a lidar com nossas agendas cheias de tarefa e entender que somos apenas humanas e que não podemos exigir de nós mesmas a perfeição.

Temos que fazer opções, e quando optamos escolhemos algumas coisas e abrimos mão de outras. Ao optar decidimos o que é mais importante e concentramos nossa atenção e esforço no que escolhemos.

E temos sonhos sim, mas são reais e "alcançáveis", sonhos possíveis. Batalhamos por eles e nos congratulamos com nossas pequenas vitórias. Não vale a pena esperar pelo Príncipe. Podemos nós mesmas transformar nossa vida, com determinação e vontade. Ah, e um pouco de organização também não faz mal a ninguém.

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Feriado da "consciência negra"

Esse feriado é municipal e Diadema aderiu. Quando vim para cá era novidade e eu ficava cismando sobre os motivos desse feriado. Tenho para mim que esse nome "consciência negra" parece mais coisa de político. Ou será que eles não têm consciência?

Devia haver também um feriado para mulher que trabalha fora. Haja Deus, é tanta correria para equilibrar casa e trabalho! A gente tem que matar um leão por dia! E matar só não adianta, tem que matar, tirar o couro, cozinhar a carne pro almoço, congelar o resto pra janta e ainda por cima limpar a sujeira toda!

Arre que vida de mulher que trabalha parece filme. Sempre cheia de emoções e novidades. Uma hora a lavadora quebra, na outra o filho rola da escada. O cachorro morde o menino do vizinho. E o chefe quer aquele projeto pronto pra ontem! Você que se vire pra dar conta de tudo e estar toda perfumada e de camisola sensual à noite, senão vai ter que virar pai e mãe de seus filhos.

Ufa, ainda bem que hoje é feriado...

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Fazendo aliadas contra o assédio

Se você trabalha num local onde haja mais mulheres e sofre assédio, é possível que o seu "assediador" também o faça com outras, porque a raposa perde o rabo mas não perde a mania. Portanto, a melhor forma de parar com esse incômodo seria conversar com as outras e conseguir aliadas, outras funcionárias que também sejam incomodadas pelo distinto cidadão e que estejam dispostas a fazê-lo parar.

Se houver um bom número de funcionárias que concordem em tomar providências, a coisa pode ser resolvida "em casa", por assim dizer. Basta unirem-se e irem falar com o chefe imediato dele. Se ele for o patrão supremo, também funciona irem conversar com ele a portas fechadas, de preferência todas juntas e levando consigo seus maridos, namorados, pais ou irmãos. Quanto mais gente, melhor.

Se nada for conseguido com isso, seria a hora de uma denúncia à justica, seja do trabalho ou mesmo a justiça comum. Com várias denunciantes o caso ganharia força e com certeza seriam ouvidas. Com várias denunciantes seria muito mais fácil de comprovar-se o assédio do que com uma só.

Pense nisso e se for o caso, comece a juntar aliadas para tomar providências. Não permita que abusem de você no seu ambiente de trabalho.

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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Seu marido tem ciúme do seu trabalho?

É comum o marido ter ciúme do trabalho da esposa, principalmente se ela dedica muito tempo e atenção ao que faz. No meu caso, por exemplo, além das horas que normalmente passo na escola dando aulas, ainda tenho contato com os pais dos alunos, preparo aulas em caso, corrijo lições, em suma, dedico uma boa parte do meu tempo à escola, mesmo quando estou em casa.

Como o irmão mais velho que se queixa da atenção exagerada que ele julga que a mãe dá ao irmão caçula, é comum o homem queixar-se de que a mulher dá mais atenção ao trabalho que a ele mesmo. Já tive até um namorado que um dia me disse, irado: "Você devia se casar com seus alunos porque não dá bola pro seu namorado".

Acusações assim são difíceis de engolir, porque se nos esmeramos no que fazemos é porque dependemos do que fazemos para viver, e queremos desempenhar nosso trabalho de forma eficiente. Mas os homens não perdoam toda essa eficiência, acho que queriam um emprego que simplesmente sumisse quando eles aparecessem em casa.

Quando seu marido reclama demais do seu emprego, acho que cabe também um exame de consciência de sua parte, quem sabe você não está se escondendo atrás do serviço para fugir dos problemas de casa? Eu mesma já fiz isso e descobri que esse comportamento não resolve nada, só complica as coisas.

O melhor mesmo é você conversar com seu marido e juntos descobrirem QUANTO de sua vida particular pode ser sacrificado com seu trabalho e QUANTO deve ser dedicado a vocês. Estabelecidos os limites trate de respeitá-los porque se não o fizer estará abrindo a porta para uma vida voltada apenas para o trabalho em detrimento de todo o resto.

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Blogar por profissão

Sempre gostei de escrever e essa história de ficar de casa para o trabalho e do trabalho para casa já me cansou. Acho que enquanto tinha filhos pequenos e tinha que criá-los era justo que me sacrificasse por eles, mas agora que estão por sua própria conta posso relaxar um pouco.

A idéia de ficar em casa escrevendo é super tentadora. Meu marido acha que não vou agüentar ficar longe do convivio dos alunos, mas nem sei se vou parar totalmente de dar aulas. Se conseguir conciliar um número pequeno de classes com o estilo de vida que quero ter e o ritmo de trabalho que quero atingir não vou largar, mesmo porque fiquei anos me aperfeiçoando na área do ensino e nos idiomas inglês e espanhol.

Mas que a escravidão está com os dias contados, isso você pode apostar!

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Assédio sexual

Imagino que toda mulher já sofreu, sofre ou sofrerá assédio sexual no ambiente de trabalho. O que caracteriza o assédio é o uso do poder hierárquico para exigir ou coagir a mulher para obter favores sexuais.

Demorou para que a legislação abrisse os olhos para esse autêntico crime cometido contra as trabalhadoras que necessitam de seu emprego para viver. E muitas de nós preferem ganhar o pão de cada dia com dignidade, ou seja, fazendo exatamente aquilo que somos pagas para fazer, não incluindo aí favores de qualquer natureza, principalmente a sexual.

Há chefes e chefes, alguns acham que por ter mulheres sob suas ordens podem usar e abusar, fazer gracinhas de mau-gosto ou pressioná-las pra que o sirvam de outras formas que não estão explicitamente mencionadas no contrato de trabalho.

Infelizmente a justiça abre-nos uma porta para um cômodo vazio quando nos acena com a possibilidade de recorrer a ela em caso de assédio. Os casos dessa natureza são difíceis de comprovar, já que as possíveis testemunhas também estão sob o jugo do réu. Dificilmente um colega de trabalho irá testemunhar contra o patrão, e há casos em que a funcionária conseguiu provar o assédio mas foi demitida a seguir.

A justiça também vê a mulher que queixa-se de assédio como uma possível golpista. A exemplo do que acontece com as que se queixam de estupro, elas são tratadas como se fossem elas as criminosas e não o acusado.

Ainda impera entre nós o pensamento machista de que se o homem avançou o sinal é porque a mulher permitiu ou o fez pensar que seria bem-vindo, seja por seu comportamento ou por sua maneira de vestir-se. Ou seja, para provar o assédio primeiro a mulher TEM QUE PROVAR QUE NÃO PARTIU DELA O CONVITE, mesmo que indiretamente.

Muitos chefes ainda se justificam alegando que "ela dava bola" ou "também, olha a roupa que ela veste", como se o modo de uma pessoa trajar-se fosse um convite implícito para o sexo. O fato de uma mulher usar uma calça justa, uma blusa decotada ou uma saia curta não dá a ninguém o direito de vir com gracejos ou fazer propostas cabeludas. O fato de ser bonita, alegre e comunicativa não dá a ninguém o direito de aproximar-se e pressioná-la para obter dela favores sexuais.

Apesar de todas as dificuldades, ainda acredito piamente que a mulher não deve abaixar a cabeça, e mesmo não concordando, ouvir calada e agüentar as pressões dessa natureza. Rendemos bem em um ambiente de trabalho saudável e agradável. Portanto se seu chefe vier com gracejos não solicitados corte, ameace, esbraveje. E se for o caso, denuncie.

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domingo, 9 de novembro de 2008

Aposentadoria

Depois de mais de 30 anos na correria entre casa e trabalho, ano passado finalmente me aposentei. Mas qual, não mudou nada, além de um aumento na renda mensal. Continuei na mesma lida, corre daqui pra lá e de lá pra cá.

Em primeiro lugar eu gosto do que faço e gosto de me sentir um membro participante e ativo da sociedade como um todo. Adoro sentir que também contribuo com minha mísera parcela para o engrandecimento do país.

Também acho que quem se enfia em casa acaba embotando a mente e ficando com Alzheimer, artrite, diverticulite e outros "ite", além de chatice crônica e imbecilidade aguda. E não é justo batalhar tanto para crescer como profissional e depois largar tudo.

A solução que encontrei foi ir reduzindo aos poucos, ano passado estava com 13 classes, agora estou com 9 (o que ainda é muito), ano que vem estou reduzindo para 6. A idéia é ficar mais tempo em casa e curtir a vida e a família.

De que adianta trabalhar tanto e batalhar para ter conforto, um sonzinho maneiro, pc legal, Tv última geração, se não temos tempo de relaxar e curtir nada disso? Não dá, não é? Então aos poucos vou me afastando, à medida que vou me dedicando mais aos blogs, que irão preencher meus dias nos anos vindouros.

A idéia principal é trocar de profissão, ficar mais em casa, curtir a vida e não ficar presa a horários e patrão. Quem sabe assim essa história de "mulher que trabalha" mude.

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