terça-feira, 19 de junho de 2012

Culpas, quem não as tem?

Lembro-me que a primeira vez que fui trabalhar depois de ter meu primeiro bebê eu me sentia muito dividida. Eu sentia que precisava trabalhar para suprir as necessidades da família, dar conforto, escola, roupa, comida. Também achava que tendo minhas realizações profissionais não sobrecarregaria a criança, tornando-me uma mãe obsessiva e controladora. Mas por outro lado sentia-me “abandonando” a criança, como se o fato de sair de casa e passar uma parte do dia longe do bebê me tornasse uma mãe pior.

Hoje todos os meus “bebês” estão criados e aquele primeiro que eu deixei com o coração pesado de culpa e a cabeça cheia de apreensões já tem 34 anos. Outros bebês vieram e foram devidamente “abandonados” para que eu reassumisse minhas funções profissionais, meu papel de indivíduo produtivo junto à sociedade. Mas lembro-me perfeitamente da  culpa, da incerteza se estaria fazendo a coisa certa.

E o pior nessa culpa é que não há respostas imediatas, elas virão com o tempo e podem demorar décadas. Hoje eu sei que estava fazendo a coisa certa, mas essa resposta é só minha. Porque eu sei agora que se não tivesse explorado minha capacidade de criação, minha eficiência profissional, eu seria uma pessoa frustrada e certamente descarregaria esse frustração em cima de meus filhos. Com certeza eu os cobraria todos os dias por ter largado minha profissão pra criá-los.

Outras mulheres podem fazer uma opção diferente e mesmo assim estarem corretas. A resposta está dentro de você e só você conseguirá ouví-la. Tudo o que você precisa é ouvir seu coração, e certamente tomará a decisão mais acertada.

Zailda Coirano – SOS Idiomas & Digital Goods

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