sábado, 27 de dezembro de 2008

Mucama de luxo

Nos anos 60 a mulher foi às ruas, protestou, queimou sutiãs e o resultado aí está: estamos livres do jugo masculino e da prisão das tarefas domésticas. Não temos mais que servir a nossos amos, senhores e provedores, e nem participamos do mercado de trabalho "para comprar nossas agulhas".

Mas espera aí, pára tudo! Se olhar em volta vai ver que não é bem assim, muitas apenas mudaram de lugar, mas continuam mucamas, nada mais que escravas que servem em duas senzalas diferentes. Conheço muita mulher que age de forma tão subserviente no trabalho que parece mãe do patrão!

Parece que voltamos à estaca zero, tem mulher que só falta lamber o chão que o chefe pisa! Tudo bem que você é secretária e tem por obrigação servir a seu chefe, mas há uma diferença entre obediência e hierarquia e SUBSERVIÊNCIA!

Muitas funcionárias não sabem se impor, baixam os olhos e o tom de voz quando se dirigem ao patrão, não sabem dizer nada a seu favor nem defender seu ponto-de-vista! Quando muito, correm para o banheiro com tudo entalado na garganta e lá choram por horas seguidas?

A nova mulher tem que ter coragem e esquecer a idéia de que "o homem é naturalmente superior". Se chegamos onde estamos, garanto que não foi baixando a cabeça e aceitando tudo caladas, como fazem as árabes.

Não é necessário ser uma batalhadora constante nem uma guerreira nata pra saber que a servidão ficou pra trás e que de agora em diante o que menos interessa ao patrão é o seu sexo, com certeza o que ele vai avaliar é que tipo de funcionária você é e qual a sua atitude profissional.

Se a melhor maneira de descrever sua posição frente à sua carreira e ao seu patrão é "de quatro", não reclame se alguém resolver subir em cima e mandar a espora!

Leia também:
Feriado da Consciência Negra
Mulher faz a diferença
Sinal dos tempos

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2 comentários:

SONIA disse...

Gostei do blog.
Realmente que fica de quatro acaba uma hora pastando.
Assim que penso!
Bjsss...milll

Zailda disse...

Também acho, e deploro essa atitude, prefiro perder o emprego que abrir mão de minha dignidade.

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