sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dia de folga

Sexta-feira é meu dia de folga, minhas turmas são de segunda e quarta ou terça e quinta e - claro - que há as turmas de sábado, que é o dia em que mais trabalho.
Hoje é minha folga e portanto pressupõe-se que eu tenha tempo para descansar, mas qual! Lavei roupa durante umas três horas seguidas, fiquei às voltas com fogão e pia umas duas, uma hora e meia na faxina, agora estou me preparando psicologicamente para enfrentar tarefas que tenho para corrigir e preparação de aulas de sábado. Tenho uma previsão de pelo menos três horas para essas atividades. Mas antes tenho que ir fazer umas comprar para abastecer a despensa e a geladeira. E está um frio danado, ainda por cima chovendo ou garoando, sei lá, ainda não botei a cara pra fora de casa...
Se contar todas essas horas que eu passei executando tarefas domésticas ou relacionadas ao trabalho, vai ver que dá mais tempo que eu passei acordada hoje, milagre da matemática que só as mulheres conseguem.
Quer saber, dou meu dia de folga pra quem quiser, já estou ficando cansada...

(zailda coirano)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Faltam vagas nas creches

Segundo O Globo, 40% das crianças em Diadema estão matriculadas em creches, o que representa cerca de 6 mil crianças, mas há uma espera de pelo menos 8 mil. O Ministério Público entrou com uma ação na justiça pedindo atendimento para as reivindicações de vagas das mães.

Para as mães que trabalham é muito complicado não ter com quem deixar os filhos porque não são todas que têm condições de contratar uma babá. O custo inviabilizaria para muitas o trabalho, já que as despesas se igualariam ou superariam os ganhos. Eu sempre me perguntei onde as empregadas domésticas deixavam os filhos e a resposta é clara: nas creches. Mas não só elas, há um número crescente de profissionais de todas as áreas que necessitam de um lugar para deixar os filhos enquanto trabalham.

Segundo a lei as próprias empresas deveriam manter uma creche em suas instalações a partir de um certo número de funcionárias, mas a lei raramente é cumprida e se faz vista grossa para isso. Como medida paliativa, muitas fazem parcerias com prefeituras, minimizando o problema, mas em bairros onde residem famílias de baixa renda e em favelas é comum as crianças serem deixadas sós, trancadas em casa e são freqüentes os acidentes.

Se a iniciativa privada e as prefeituras não tomarem para si a responsabilidade de criar vagas suficientes para abrigar os filhos das trabalhadoras, como esperam que as mesmas trabalhem? Ou será que partilham da opinião de nossos antepassados, de que lugar de mulher é em casa? Quem nos dera...

(zailda coirano)

domingo, 18 de maio de 2008

Mudança no estilo de vida

O fato da mulher sair do lar para assumir postos no mercado de trabalho mudou drasticamente o estilo de vida das famílias de modo geral. Antes ela ficava todo o seu tempo em casa, fazia as refeições da família, cuidava das roupas e do lar. Hoje o fato de a mulher passar uma boa parte do seu dia fora de casa faz com que as famílias procurem formas alternativas para atender às suas necessidades.

Hoje muitos são obrigados a comer fora, em restaurantes, ou a fazer lanches rápidos durante o dia. Com isso aumentaram os casos de obesidade e outras doenças relacionadas ao peso e à alimentação desequilibrada. Um ponto para as mulheres, porque mesmo antes de os médicos alardearem o valor de uma alimentação equilibrada, com frutas, carne e verduras, a mulher instintivamente já proporcionava aos seus refeições saudáveis e balanceadas, apesar de não saber absolutamente nada a respeito de carbohidratos ou proteínas.

As indústrias também vieram em socorro da mulher criando máquinas que reduzissem o tempo e o esforço que dispendiam no cuidado da casa. No dia das mães aumentam as vendas dessas geringonças, que vão desde máquinas de lavar que centrifugam a roupa a ponto de ser possível passá-las imediatamente depois da lavagem, a aparelhos que retiram e separam o suco da casca das frutas. Há também as lavadoras de louça, vassouras mágicas, máquinas que limpam a vapor... Tudo projetado para que a mulher possa executar as tarefas domésticas de forma mais confortável e tenha tempo para dedicar-se a também contribuir com as despesas da casa.

Seu papel de mãe foi também facilitado pela difusão das fraldas de papel e comidas industrializadas para bebês. Também foram criadas muitas vacinas múltiplas, que com uma única picada imunizam crianças contra várias doenças. Isso aliado ao fato de que as comidas e leites industrializados vêm enriquecidos com ferro, vitaminas e outros componentes necessários à saúde e bom desenvolvimento das crianças diminuiu a mortalidade infantil proporcionando crianças bem desenvolvidas e saudáveis. Antes as famílias tinham 6, 7, 12 filhos mas poucos deles chegavam à vida adulta. Hoje os casais têm em média 2 filhos e normalmente os dois conseguem chegar a ter uma vida adulta e saudável.

As famílias eram compostas por várias gerações e todo trabalho era valorizado, portanto o idoso tinha também seu papel na criação de netos e bisnetos, bem como no cuidado da casa. Dessa forma as doenças senis eram menos freqüentes. Hoje, com a nova mania do "descartável", infelizmente o idoso foi incluído nessa categoria e a cada dia tornam-se mais populares as "casas de repouso" onde muitas famílias, limitadas por questões de espaço e comodidade deixam seus ascendentes e raramente os visitam.

Analisando as mudanças ocorridas nessas décadas percebemos que a mulher teve um papel importante na evolução da sociedade nos últimos 40 ou 50 anos, mas muita coisa ainda precisa mudar para adaptar a sociedade a essa nova mulher que passou de membro passivo a agente modificador de seu meio e da sociedade de modo geral.

(zailda coirano)

sábado, 3 de maio de 2008

Supernanny

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