Gente, será que estou completamente equivocada ou "folga" significa ficar de papo pro ar, sem fazer nada de nada? Ou muito me engano ou então folga pra mulher tem outro significado. Ou estou sendo enganada.
Por quê é que a casa está sempre uma bagunça no dia de folga? Por quê o monte de roupas sujas fica maior? Por quê fica aquela montanha de louça suja na pia? E tudo esperando que a gente dê um jeito... Ai meu Deus, assim não agüento, doarei minhas folgas pra quem quiser!
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Esquisitices
Mulher que trabalha e fica até de madrugada na internet vai ter problemas para levantar da cama no dia seguinte, não acham? Que fazer, eu adoro internet e essa é a hora em que todos estão dormindo, portanto tenho mais calma para escrever. Mulher que trabalha fora em horário comercial fora de casa e que quando chega tem que lavar, passar, cozinhar e limpar a casa tem disso...
Bem, agora está na minha hora, sou um ser humano e também tenho que dormir... infelizmente...
Bem, agora está na minha hora, sou um ser humano e também tenho que dormir... infelizmente...
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Vida fácil
Outro dia eu estava calmamente tomando um café com meu marido num quiosque em frente ao supermercado, era uma tarde chuvosa, lá pelas 3 da tarde. Meu marido estava de folga aquele dia e aproveitando um intervalo entre as aulas saí da escola para tomar um café com ele.
Estávamos pois bem sossegados tomando um café e conversando quando de nós se aproximou uma moça na casa dos 20 e poucos anos (talvez nem isso) com duas crianças, uma de dois anos que puxava pelo braço e outra de colo. Pediu um real e quando disse que não tinha (tenho por hábito não dar esmolas) ela continuou pedindo, e quando eu disse que não ia dar mesmo perguntou:
- Nossa, moça, minhas crianças estão com fome. Não vai me pagar pelo menos um salgadinho para minhas crianças que estão com fome?
A moça e as crianças estavam bem arrumadinhas e limpas, a moça até vestia uma calça jeans e uma blusinha da moda. Estava até elegante, naquela elegância de clones que costumam vestir os jovens hoje em dia, viu um já viu todos.
Não sei se fui mal-criada com ela, que se afastou xingando. Depois comentei com meu marido que a uma hora daquelas, se realmente não tinham dinheiro nem para um salgadinho, não seria mais lógico que ela estivesse trabalhando para garantir seu sustento e o dos filhos?
Se tivesse que me definir com uma palavra um dia eu diria "observadora". Eu simplesmente observo. E durante a semana quando vou para a escola é muito grande o número de mulheres jovens, cheias de sacolas, indo e vindo nas ruas de comércio arrastando suas inúmeras crianças pela mão. Uma ou outra passa rápida, provavelmente rumo ao serviço, assim como eu. As outras, que se dão ao luxo de ir e vir pelas lojas em dia de semana, me parece que estão simplesmente torrando o dinheiro que algum idiota está nesse mesmo momento se esfolando para ganhar.
Não condeno a mulher que prefere ficar em casa cuidando da casa, dos filhos e do marido. É uma escolha de cada uma, mas a mim me parece que é grande o número de mulheres que estão por aí à toa, enquanto seus homens tratam de ganhar a vida. Considero isso o fim da picada, porque está na cara que um trabalhador a mais na família faria uma grande diferença.
Essas mulheres às quais aqui me refiro e que fazem a alegria das lojas de 1,99 e de roupas de baixa qualidade não se concentram em supermercados, pelo contrário, estão nas lojas de calçados e de roupas, e se vestem muito bem. Muitas vezes com crianças mal ajambradas ao lado, mas elas, sim, sempre vestidas na modinha simples que se multiplica nos corpos das jovens de baixa renda e escolaridade.
Acredito que a culpa disso tudo nem seja delas, foram criadas ouvindo a promessa de que nem precisariam estudar muito porque em breve encontrariam um homem para sustentá-las. Conheço algumas assim, que falam isso abertamente e não têm o mínimo pudor de admitir que estão esperando apenas um homem que as "assuma". Muitas dizem isso até para os pretendentes, e a partir daí creio que negociam as demais cláusulas do contrato informal tão comum hoje em dia.
É triste ver essas jovens que poderiam aspirar uma carreira, um futuro melhor para si e os seus, mas limitam-se a ser prostitutas mal pagas (nem sempre) de um homem só, vítimas e beneficiárias desse mercado que por mais que se pregue a libertação da mulher, perenizam nossa condição de escravas que vendem seus préstimos a quem oferecer o lance mais alto.
(zailda coirano)
Estávamos pois bem sossegados tomando um café e conversando quando de nós se aproximou uma moça na casa dos 20 e poucos anos (talvez nem isso) com duas crianças, uma de dois anos que puxava pelo braço e outra de colo. Pediu um real e quando disse que não tinha (tenho por hábito não dar esmolas) ela continuou pedindo, e quando eu disse que não ia dar mesmo perguntou:
- Nossa, moça, minhas crianças estão com fome. Não vai me pagar pelo menos um salgadinho para minhas crianças que estão com fome?
A moça e as crianças estavam bem arrumadinhas e limpas, a moça até vestia uma calça jeans e uma blusinha da moda. Estava até elegante, naquela elegância de clones que costumam vestir os jovens hoje em dia, viu um já viu todos.
Não sei se fui mal-criada com ela, que se afastou xingando. Depois comentei com meu marido que a uma hora daquelas, se realmente não tinham dinheiro nem para um salgadinho, não seria mais lógico que ela estivesse trabalhando para garantir seu sustento e o dos filhos?
Se tivesse que me definir com uma palavra um dia eu diria "observadora". Eu simplesmente observo. E durante a semana quando vou para a escola é muito grande o número de mulheres jovens, cheias de sacolas, indo e vindo nas ruas de comércio arrastando suas inúmeras crianças pela mão. Uma ou outra passa rápida, provavelmente rumo ao serviço, assim como eu. As outras, que se dão ao luxo de ir e vir pelas lojas em dia de semana, me parece que estão simplesmente torrando o dinheiro que algum idiota está nesse mesmo momento se esfolando para ganhar.
Não condeno a mulher que prefere ficar em casa cuidando da casa, dos filhos e do marido. É uma escolha de cada uma, mas a mim me parece que é grande o número de mulheres que estão por aí à toa, enquanto seus homens tratam de ganhar a vida. Considero isso o fim da picada, porque está na cara que um trabalhador a mais na família faria uma grande diferença.
Essas mulheres às quais aqui me refiro e que fazem a alegria das lojas de 1,99 e de roupas de baixa qualidade não se concentram em supermercados, pelo contrário, estão nas lojas de calçados e de roupas, e se vestem muito bem. Muitas vezes com crianças mal ajambradas ao lado, mas elas, sim, sempre vestidas na modinha simples que se multiplica nos corpos das jovens de baixa renda e escolaridade.
Acredito que a culpa disso tudo nem seja delas, foram criadas ouvindo a promessa de que nem precisariam estudar muito porque em breve encontrariam um homem para sustentá-las. Conheço algumas assim, que falam isso abertamente e não têm o mínimo pudor de admitir que estão esperando apenas um homem que as "assuma". Muitas dizem isso até para os pretendentes, e a partir daí creio que negociam as demais cláusulas do contrato informal tão comum hoje em dia.
É triste ver essas jovens que poderiam aspirar uma carreira, um futuro melhor para si e os seus, mas limitam-se a ser prostitutas mal pagas (nem sempre) de um homem só, vítimas e beneficiárias desse mercado que por mais que se pregue a libertação da mulher, perenizam nossa condição de escravas que vendem seus préstimos a quem oferecer o lance mais alto.
(zailda coirano)
Assinar:
Postagens (Atom)